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Ciência aberta: abertura de dados, materiais, métodos e códigos de programas
2018.09.27 — 09:00-10:30
Introdução
Coordenador da mesa
Manoel Barral-Netto – Investigator & Vice-President for Education, Information and Communication, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Painelistas
Barend Mons – Co-Leader, GO FAIR Initiative
Claudia Bauzer Medeiros – Full professor, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Coordinator, eScience & Data Science Programs, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Luciene Delazari – Professora Associada, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Departamento de Geomática; Editora, Boletim de Ciências Geodésicas
Jonathan David Crabtree – Director for Cyberinfrastructure, University of North Carolina at Chapel Hill, Odum Institute for Research in Social Science; Leader, Global Dataverse Community Consortium (GDCC); President, International Federation of Data Organizations (IFDO)
Sobre
Ciência Aberta é um movimento para tornar a pesquisa científica, seus dados e disseminação acessível a todos os níveis da sociedade. Este movimento considera aspectos como Acesso Aberto, Dados Abertos, Pesquisa Reprodutível e Software Aberto.
Cada um destes aspectos apresenta particularidades que precisam ser avaliadas e discutidas pela comunidade científica de modo que sejam estabelecidas diretrizes que facilitem a disseminação de informações científicas.
O grande desafio que se apresenta está no estabelecimento de práticas efetivas e eficazes que permitam aos periódicos acrescentar estas demandas em suas linhas editoriais, de modo a não apenas permitir que dados, softwares e métodos possam ser acessíveis, como também de estimular a comunidade a fazê-lo.
Considerando estas questões, este painel tem como proposição discutir aspectos importantes sobre o avanço da comunicação das pesquisas. Alguns deles estão colocados nos critérios de indexação SciELO, como é o caso do referenciamento de materiais das pesquisas para transparência e reprodutibilidade.
Ementa
Criterios FAIR, conceitos e implementação; desafios para a publicação de dados e métodos; politicas institucionais para dados abertos; adoção das diretrizes TOP (Transparency,and Openness Promotion); repositórios de software; repositórios de dados por áreas temáticas.
Como contribuir
Você está convidado a participar e cooperar com a comemoração do SciELO 20 Anos mediante comentários, depoimentos, posts, artigos, etc, relacionados ao tema deste e de outros painéis.
Glossário
Acesso Aberto – Acesso online, sem custos de conteúdo científico revisado por pares com restrições de licenciamento e direitos autorais.
Avaliação da Ciência Aberta – Avaliação dos resultados da Pesquisa, não limitada aos pares, mas com a contribuição da sociedade.
Ciência Aberta – Movimento para tornar a pesquisa, dados e sua disseminação acessível a todos os níveis da sociedade.
Compartilhamento de dados – ato de distribuir os dados em um formato que pode ser usado por outros indivíduos.
Dados Abertos – Dados online, em custos, acessíveis e que podem ser usados, reusados e distribuídos, desde que a fonte dos dados seja atribuída.
DataCite – Organização sem fins lucrativos que provê identificadores (DOI) para dados de Pesquisa.
Ferramentas de Gerenciamento de Dados de Pesquisa – Ferramentas que auxiliam no processo de Gerenciamento de dados.
Ferramentas para Ciência Aberta – Refere-se às ferramentas que podem auxiliar no processo de construção da ciência Aberta. Entre elas encontram-se Repositórios Abertos e Serviços Abertos.
GitHub – repositório para compartilhamento de software.
Registry of Research Data Repositories <https://www.re3data.org/> – um catálogo internacional de repositórios de dados e a melhor fonte atualmente para achar repositórios. Teve início em maio de 2013, utilizando-se da ideia de Ciência Aberta, de acordo com o Creative Commons, cobrindo todas as áreas do conhecimento acadêmico.
Interoperabilidade – capacidade de um sistema (informatizado ou não) de se comunicar de forma transparente (ou o mais próximo disso) com outro sistema (semelhante ou não). Para um sistema ser considerado interoperável, é muito importante que ele trabalhe com padrões abertos ou ontologias.
Métricas e Impacto Aberto – Uma alternativa aos sistemas tradicionais de métricas, as métricas abertas permitem um nova forma de avaliar o impacto das pesquisas. Exemplos são o Altmetrics e Bibliometrics.
Padrões de Gerenciamento de Dados de Pesquisa – Padrões que são relevantes no processo de Gerenciamento de dados.
Pesquisa aberta reprodutível – Oferecer aos usuários acesso livre aos elementos experimentais para a reprodução da Pesquisa.
Planos de Gerenciamento de Dados de Pesquisa – Um plano de gerenciamento de dados é um documento formal que estabelece como lidar com os dados de pesquisa durante a fase de pesquisa e depois que esta foi concluída. Exemplos são: DMPTool <https://dmptool.org/> e DMP Online <https://dmponline.dcc.ac.uk/>
Políticas de Acesso Aberto – Guia de melhores práticas para aplicar a Ciência Aberta e alcançar seus objetivos fundamentais.
Políticas de Gerenciamento de Dados de Pesquisa – Conjunto de princípios, tipicamente produzidos por diferentes Instituições, que devem ser seguidos durante o gerenciamento dos dados de pesquisa.
Princípios FAIR – Ser encontrável, acessível, interoperável, reusável.
Reuso de dados – uso dos dados por alguém diferente de quem o originou.
Serviços de Gerenciamento de Dados de Pesquisa – Referem-se a serviços (online) que auxiliam no processo de Gerenciamento de Dados.
TOP Guidelines – Transparency and Openness Promotion. Incluem oito padrões modulares, cada um com 3 níveis de rigor. Os periódicos selecionam quais dos 8 padrões pretendem adotar e selecionam no nível de implementação de cada padrão:
• Padrões de citação
• Projeto e Análise
• Transparência dos dados, métodos analíticos (código) e materiais de pesquisa
• Replicação
• Pré-registro de estudos
• Pré-registro dos planos de análise
Fonte: https://osf.io/9f6gx/wiki/Guidelines/?_ga=2.29074296.534388759.1532548354-488636257.1532548354
Uso de dados – dados coletados por um indivíduo, para um projeto de Pesquisa específico.
Bibliografia
DUDZIAK, Elisabeth A. Gestão de dados de pesquisa: o que precisamos saber hoje! 2018. Available from: <https://www.sibi.usp.br/?p=17574>
Irene V. Pasquetto, Ashley E. Sands, Peter T. Darch, and Christine L. Borgman. 2016. Open Data in Scientific Settings: From Policy to Practice. In Proceedings of the 2016 CHI Conference on Human Factors in Computing Systems (CHI ’16). ACM, New York, NY, USA, 1585-1596. DOI: https://doi.org/10.1145/2858036.2858543
Pasquetto, I.V., Randles, B.M. & Borgman, C.L., (2017). On the Reuse of Scientific Data. Data Science Journal. 16, p.8. DOI: http://doi.org/10.5334/dsj-2017-008
Sayão, Luis Fernando. Guia de Gestão de Dados de Pesquisa para Bibliotecários e Pesquisadores / Luis Fernando Sayão, Luana Farias Sales. – Rio de Janeiro : CNEN/IEN, 2015. 90 p
Wilkinson, M. D. et al. The FAIR Guiding Principles for scientific data management and stewardship. Sci. Data 3:160018. DOI: 10.1038/sdata.2016.18 (2016).
Posts
ANAND, S. Geo for All – Princípios Abertos em GeoEducação e Ciência [online]. SciELO em Perspectiva, 2018 [viewed 13 July 2018]. Available from: https://blog.scielo.org/blog/2018/07/13/geo-for-all-principios-abertos-em-geoeducacao-e-ciencia/
ESTEVÃO, J.S.B. Base de Dados Científicos da Universidade Federal do Paraná [online]. SciELO em Perspectiva, 2018 [viewed 18 September 2018]. Available from: https://blog.scielo.org/blog/2018/09/18/base-de-dados-cientificos-da-universidade-federal-do-parana
MEDEIROS, C.B. Gestão de Dados Científicos – da coleta à preservação [online]. SciELO em Perspectiva, 2018 [viewed 22 June 2018]. Available from: https://blog.scielo.org/blog/2018/06/22/gestao-de-dados-cientificos-da-coleta-a-preservacao/
Artigos
Em desenvolvimento.
Depoimentos
SciELO. SciELO 20 | P1.2 Rafael Port fala sobre o CEDAP. 2018 [viewed 15 October 2018]. Available from: https://youtu.be/6eZVS_DgFIY